domingo, 17 de julho de 2011

Sete dias na história de uma lesão

E à Segunda-Feira surgiu a luz. Primeiro, encarei-a com desconfiança. É que, ao contrário do resto das lesões mais ou menos prolongadas, não metia cirurgias, fisioterapias ou posologias. Era, estranhamente, muito mais simples que isso.

Com o antigo tartan do Estádio Nacional a descascar-se dia após dia, fui fazendo a minha meia hora diária pela relva do campo de futebol. Debaixo do calor que era opressivo à uma da tarde, tirei os sapatos. E, foi mais ou menos nessa altura que, três meses depois, recuperei a sensação de correr sem dores na perna direita. “Seria dos sapatos?! De uns sapatos com pouco mais de 100k nas solas?”

Logo ali decidi começar a treinar com uns sapatos diferentes. Na verdade, uns sapatos onde o conta-quilómetros já ultrapassava os 800k. Assim entrei na Terça-Feira na pista do Alto Rendimento do Jamor. E assim voltaria no dia seguinte ao mesmo local e com o mesmo calçado. Em comum aos dois treinos, a canícula do costume e a anormalidade de correr sem dores.

Mas foi ontem que tive a sensação de tudo estar a entrar na linha. No Monsanto, com a Rita em semana de glória e com o prazer de estar rodeado de companheiros na luta pela maratona. Entusiasmei-me e depois de fazer as minhas rampas, juntei-me ao time Amesterdão para quase 6k a mais do que estava escrito no plano.

Um exagero que fez dos 11k de hoje uma corrida onde as coxas pareciam estar ancoradas ao chão e o traseiro parecia ter o peso de um semi-atrelado. Quase uma semana depois, voltei a sentir o joelho direito. Mas também o joelho esquerdo, os tornozelos e tudo o mais que se sente num corpo que andava arredio da corrida. E que anda a meter quilometragem em cima de uns ténis que já há muito passaram a idade da veterania.


Domingo, 17 de Julho de 2011

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