domingo, 24 de julho de 2011

"Agora que ninguém nos ouve..."

Quando correr não equivale a treinar, penso com mais clareza. Penso na vida, na família, no trabalho ou até (redundantemente) na corrida. Hoje, enquanto fazia os meus sofridos 15k para recuperar ritmos antigos, foi uma dessas sessões.

E, como ninguém me ouvia, comecei a tentar fechar decisões: quais os ténis que iria comprar esta semana? Qual seria a minha maratona de Outono? E qual seria a marca em perspectiva?

“Bem, está decidido. Vou mesmo rebentar o budget e deixar a Nike para os calções e para as camisolas. Sapatos vão mesmo ser Asics. Material à séria. E se os Nimbus são mais para quem supina e para quem tem arco pronunciado, vão ser os Kayano. Se serão os 16 ou 17, fica por saber.”

“Entre Frankfurt, Dublin e Veneza, acho mesmo que a próxima maratona vai ser a do Porto. Faltam-me as multidões de Berlim e Paris, mas aqui gasto menos dinheiro (para compensar o estouro dos Kayano), corro com amigos e até tenho a mister à boca da meta”.

“Quanto a tempos, nunca estive tão atrasado à entrada do plano. Por isso, como estive parado três meses e como me rasgo todo para fazer 15k em 80 minutos, nem estou aqui para pensar em recordes. Mas, como ninguém nos ouve, até pode ser que mude totalmente de decisões. É que ir treinar ao sol do Alentejo às vezes faz-nos coisas estranhas…”


Domingo, 24 de Julho de 2011

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